Dificuldade para engravidar: causas e soluções
A dificuldade para engravidar é uma situação que preocupa muitos casais e pode gerar ansiedade e dúvidas. Quando a gestação não acontece após meses de tentativas, é natural se questionar sobre o que pode estar acontecendo. Mas, afinal, dificuldade para engravidar: o que pode ser? Este texto reúne informações essenciais para entender as possíveis causas, quando procurar ajuda e quais cuidados podem fazer a diferença.
Ao longo do texto, você encontrará explicações simples e objetivas sobre os fatores mais comuns, além de orientações sobre exames e hábitos saudáveis. Assim, será possível se preparar para dar o próximo passo com mais segurança e tranquilidade.
O que é considerado dificuldade para engravidar
Muitas pessoas acreditam que engravidar é algo imediato, mas isso nem sempre é verdade. Médicos consideram que existe dificuldade para engravidar quando a gestação não ocorre após 12 meses de tentativas regulares sem uso de métodos contraceptivos¹. Já para mulheres com mais de 35 anos, esse período é reduzido para seis meses, devido à diminuição natural da fertilidade com a idade².
É importante ressaltar que cada organismo é único, portanto, nem sempre a ausência de gravidez indica um problema grave. No entanto, se o tempo ultrapassa esses períodos, é recomendável buscar avaliação médica para identificar possíveis causas.
Principais causas da dificuldade para engravidar

A infertilidade ou a dificuldade de engravidar pode estar relacionada tanto a fatores femininos quanto masculinos, ou até a ambos. Além disso, há casos em que a origem é desconhecida. A seguir, veja as causas mais comuns:
1. Idade avançada
A idade é um fator determinante para a fertilidade feminina. Com o passar dos anos, a reserva ovariana – quantidade e qualidade dos óvulos – diminui de forma significativa. Após os 35 anos, essa queda é mais acentuada, dificultando a concepção³.
No caso dos homens, embora a redução da fertilidade seja mais lenta, ela também acontece. Por isso, a idade do parceiro pode influenciar nas chances do casal.
2. Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
A SOP é uma das principais causas de infertilidade feminina. Ela interfere na ovulação, podendo dificultar a liberação dos óvulos. Além disso, está associada a alterações hormonais que afetam o ciclo menstrual⁴.
3. Endometriose
A endometriose é uma doença inflamatória em que o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero. Por isso, essa condição pode prejudicar a anatomia dos órgãos reprodutivos, dificultando a fecundação e a implantação do embrião⁵.
4. Fatores masculinos
Cerca de 40% dos casos de infertilidade envolvem alterações no esperma, como baixa quantidade, baixa motilidade ou problemas de morfologia. Esses fatores podem ser causados por infecções, varicocele, uso de substâncias tóxicas ou alterações hormonais⁶.
5. Estilo de vida
Hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, má alimentação e sedentarismo podem reduzir a fertilidade. Além disso, o estresse elevado também influencia, pois afeta os hormônios reprodutivos⁷.
Quando procurar ajuda médica
O ideal é buscar orientação quando a gestação não ocorre após o período considerado normal de tentativas. Entretanto, existem situações em que a avaliação deve acontecer antes, como:
- Idade acima de 35 anos
- Histórico de endometriose ou SOP
- Alterações no ciclo menstrual
- Doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão
- Infecções pélvicas prévias
Nesses casos, antecipar a investigação pode aumentar as chances de sucesso.
Exames para investigar a dificuldade para engravidar
O processo de diagnóstico é fundamental para identificar a causa da dificuldade e direcionar o tratamento adequado. Normalmente, o médico solicita exames para ambos os parceiros. Entre os mais comuns estão:
- Ultrassonografia transvaginal: avalia útero e ovários.
- Histerossalpingografia: verifica a permeabilidade das trompas.
- Exames hormonais: analisam a ovulação e a função da tireoide.
- Espermograma: avalia a qualidade e quantidade dos espermatozoides.
Esses exames ajudam a esclarecer se há fatores anatômicos, hormonais ou genéticos envolvidos.
Tratamentos disponíveis para quem tem dificuldade para engravidar
Após identificar a causa, o especialista pode indicar tratamentos que vão desde ajustes no estilo de vida até técnicas mais avançadas.
Mudanças de hábitos
Em muitos casos, adotar hábitos saudáveis já contribui para melhorar a fertilidade. Por isso, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos, controlar o estresse e dormir bem são atitudes que fazem diferença⁸.
Tratamentos medicamentosos
Quando há alterações hormonais ou falta de ovulação, medicamentos específicos podem ser indicados para estimular a produção de óvulos.
Técnicas de reprodução assistida
Em situações mais complexas, a reprodução assistida é uma alternativa eficaz. Entre as principais técnicas estão:
- Inseminação artificial
- Fertilização in vitro (FIV)
Esses procedimentos aumentam as chances de gravidez quando o tratamento convencional não apresenta resultado.
Aspectos emocionais e suporte psicológico

Enfrentar a dificuldade para engravidar pode ser emocionalmente desgastante. A ansiedade, o medo e até a culpa podem surgir nesse processo. Por isso, buscar apoio psicológico é essencial para lidar com as emoções de forma saudável.
Além disso, conversar com pessoas de confiança e participar de grupos de apoio pode trazer alívio e acolhimento durante essa fase.
Conclusão
A dificuldade para engravidar é uma condição comum que pode ter diversas causas, desde fatores hormonais até questões de estilo de vida. Felizmente, existem tratamentos eficazes e estratégias que aumentam as chances de sucesso. Então, o mais importante é não adiar a busca por ajuda profissional, pois o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.
Se você está passando por esse desafio, lembre-se: informação e acompanhamento médico são aliados essenciais nesse processo. Quer saber mais sobre saúde e bem-estar? Siga a Supera Farma nas redes sociais e acompanhe nossos conteúdos exclusivos!
Referências:
- Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.
- American Society for Reproductive Medicine.
- National Institute of Health.
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
- Endometriosis Foundation of America.
- Organização Mundial da Saúde (OMS).
- Harvard Medical School.
- Ministério da Saúde.
