Pólen, primavera e saúde respiratória
Quando pensamos na primavera, logo vêm à mente imagens coloridas, dias ensolarados e flores desabrochando por todos os lados. No entanto, para muitas pessoas, essa estação também traz um desafio extra: o aumento dos sintomas respiratórios causados pela maior concentração de pólen no ar. A relação entre pólen, primavera e saúde respiratória merece atenção, especialmente para quem já convive com alergias sazonais, rinite ou asma.
Neste texto, vamos entender melhor como o pólen age no organismo, por que a primavera intensifica as crises e quais cuidados podem ajudar a aproveitar essa época do ano com mais bem-estar.
O que é o pólen e por que ele afeta nossa respiração?
O pólen é um grão microscópico produzido pelas flores para a reprodução das plantas. Durante a primavera, quando ocorre a polinização, a concentração desse material aumenta no ar. Embora seja inofensivo para a maioria das pessoas, em indivíduos predispostos ele pode desencadear reações alérgicas.
Isso acontece porque o sistema imunológico identifica o pólen como uma ameaça, liberando substâncias como a histamina. Essa reação provoca sintomas típicos, como:
- Espirros frequentes
- Congestão nasal
- Coceira nos olhos, nariz e garganta
- Lacrimejamento
- Tosse ou chiado no peito (em casos mais graves)
Portanto, embora o pólen seja parte essencial da natureza, ele se transforma em um desafio para a saúde respiratória de milhões de pessoas.

Primavera: por que os sintomas aumentam nessa estação?
A primavera é considerada a “estação das flores”, e isso significa mais polinização. Diversas árvores, gramas e plantas liberam grandes quantidades de pólen nesse período, aumentando a concentração no ar.
Além disso, fatores ambientais também contribuem:
- Clima seco em algumas regiões intensifica a irritação das vias respiratórias.
- Vento e mudanças de temperatura espalham o pólen com maior facilidade.
- Poluição urbana potencializa os efeitos das alergias, já que partículas poluentes interagem com os grãos de pólen.
Como resultado, quem já tem predisposição a alergias costuma perceber os sintomas de forma mais intensa justamente nesta estação.
Alergia ao pólen, rinite e asma: qual é a relação?
Nem sempre é fácil diferenciar uma simples irritação nasal de uma crise alérgica. Entretanto, é importante destacar que a rinite alérgica está diretamente ligada ao contato com o pólen.
Pessoas com rinite apresentam inflamação da mucosa nasal sempre que entram em contato com os alérgenos. Os sintomas são imediatos e podem durar semanas.
Já a asma, uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, também pode ser desencadeada ou agravada pela presença de pólen no ambiente. Nesses casos, a inalação dos grãos pode provocar crises de falta de ar, chiado no peito e dificuldade respiratória.
Portanto, entender a relação entre pólen e saúde respiratória é fundamental para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida durante a primavera.
Cuidados práticos para aliviar os sintomas
Embora não seja possível evitar totalmente o contato com o pólen, algumas medidas podem ajudar a reduzir os sintomas e garantir uma estação mais tranquila. Veja as principais recomendações:
- Acompanhe os níveis de pólen na sua região
Muitos serviços de saúde e meteorologia divulgam índices diários de pólen. Assim, é possível se preparar em dias de maior concentração. - Mantenha janelas fechadas em horários críticos
Geralmente, a quantidade de pólen no ar é mais alta pela manhã e no fim da tarde. Nessas horas, prefira manter ambientes fechados. - Use roupas adequadas ao sair de casa
Óculos de sol e máscaras podem ajudar a evitar o contato direto do pólen com olhos e vias respiratórias. - Tome banho ao chegar em casa
O pólen pode se acumular nos cabelos, pele e roupas. Por isso, um banho ajuda a remover resíduos e reduz os sintomas. - Limpe e aspire a casa com frequência
Manter o ambiente livre de pólen e poeira é essencial para quem sofre com alergias. - Procure acompanhamento médico
Em casos de sintomas frequentes, o ideal é consultar um especialista. O médico pode indicar o uso de antialérgicos, corticoides nasais ou outras medidas personalizadas.

Estilo de vida e saúde respiratória: a importância da prevenção
Além dos cuidados específicos, alguns hábitos de vida podem fortalecer o sistema imunológico e melhorar a resposta do corpo aos agentes alérgenos. Entre eles, destacam-se:
- Alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e alimentos anti-inflamatórios.
- Hidratação constante, para manter as vias respiratórias umidificadas.
- Atividade física regular, que ajuda a fortalecer os pulmões e melhorar a capacidade respiratória.
- Sono de qualidade, fundamental para a recuperação do organismo.
Esses cuidados, aliados à prevenção contra o contato excessivo com pólen, tornam a primavera mais saudável e agradável.
Quando procurar ajuda médica com urgência?
É importante ficar atento, porque em alguns casos os sintomas respiratórios podem se agravar. Procure atendimento médico imediato se houver:
- Dificuldade intensa para respirar
- Chiado no peito persistente
- Falta de ar ao realizar pequenas atividades
- Inchaço nos olhos, face ou garganta
- Sintomas que não melhoram com medidas caseiras ou uso de medicamentos indicados
O tratamento correto faz toda a diferença na qualidade de vida de quem sofre com alergias sazonais.
Aproveite a primavera com mais bem-estar
A primavera é, sem dúvida, uma das estações mais bonitas do ano. Entretanto, para muitas pessoas, ela vem acompanhada de espirros, coceiras e crises respiratórias. Isso acontece porque o aumento do pólen no ar afeta diretamente a saúde de quem tem predisposição a alergias.
Com prevenção, acompanhamento médico e pequenas mudanças no dia a dia, é possível reduzir o impacto desses sintomas e desfrutar da estação das flores com mais tranquilidade. Afinal, cuidar da saúde respiratória é fundamental para viver melhor em qualquer época do ano.
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Referências:
1- Hospital Oswaldo Cruz – acesso em 16/09/2025
2- Santa Casa de Curitiba – acesso em 16/09/2025
3- Cuidados pela vida – acesso em 16/09/2025
